segunda-feira, 6 de maio de 2013

“Olá meu pequeno anjo, como estas? Fiquei preocupada, não dá notícias a meses, parece até que conseguiu se esquecer de mim, e talvez tenha se esquecido mesmo. Eu resolvi lhe escrever, preciso saber como está, mesmo que você nem faça questão que eu saiba, eu preciso saber se andas bem e se ela está cuidando de ti, como me prometeu que o faria. É meu anjo, eu só parti com a certeza de que ficaria bem, e a fiz prometer que cuidaria de você, tão bem quanto eu cuidei, até melhor, eu espero. Mas chega uma hora que não basta saber que ela está cuidando, agora eu preciso cuidar também, e mesmo que eu já tenho tido a minha chance, eu estou aqui, novamente, para pedir um pouco de ti, um sorriso já está valendo, eu disse, qualquer coisa me faria bem, principalmente se me dissesse que estas bem, e não minta, quero saber meu amor, ela cuida bem de ti? Cuida? Ela te faz sorrir? Ela morde a tua bochecha? Ela te faz cafuné? Ela te abraça bem forte? Ela dá risada das tuas piadas imbecis? Ela cuida direitinho de você? Hein, amor? […] E se um dia ela parar de cuidar de ti, me avise, eu vou correndo, prometo, eu vou e volto a cuidar de você, como eu sempre cuidei, mas promete que desta vez não encontrará ninguém melhor para cuidar. É meu anjo, o tempo passou mesmo, você me disse isso, mas o amor não passou, não para mim, e nunca passará, porque eu me apeguei tanto a ti, que existe uma parte minha que necessita de você, e essa parte está gritando pela tua presença. Então, embora fôssemos totalmente errados, éramos felizes, em partes, digo, existiam horas em que eu te odiava tanto, que seria capaz de dar-lhe um tiro; e outras horas, te amava tanto, que pularia na frente da mesma bala por ti. Eu disse, felizes, em partes. Mas é isso amor, se algum dia se sentir sozinho, com ou sem ela, me chame, prometo cuidar de ti, mesmo que por alguns minutos, eu prometo ser o melhor que poderá ter.

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