segunda-feira, 6 de maio de 2013

“Oi, meu ex-amor, meu passado, como vai? Só passei aqui para ver como você está. Na verdade, para ver como você anda. Ela é bonita? Porque acredite, você não pode andar com qualquer uma. Se bem que, pra mim, todas serão qualquer uma, se não forem eu. Tudo bem, o que é que eu vim fazer aqui na sua casa mesmo? Ah, sim. Vim ver como você está, ver com quem você sai nas noites de sábado e quem acompanha você ao cinema. Não estou perguntando por ciúme nem nada, mas não acho que ela seja a pessoa certa pra você. Ela até que é… legal. Ok, a quem estamos querendo enganar? Ela não é nem um pouco legal, meu amor. Meu amor. Desculpa por ainda usar essas duas palavrinhas quando me refiro à você. Dói pra caralho saber que quem te chama assim agora é ela, mas eu vou me acostumar. […] E então? Você continua desajeitado quando tenta dizer pra alguém que a ama e não consegue? Sabe? As suas piadas sem graças me faziam rir unicamente porque vinham de você. E eu detestava elas. Fico assustada quando percebo que sinto falta até delas. Mas acho que agora, quem vai escutar elas vai ser outra pessoa. A outra pessoa. Quem me dera ser essa outra. Olha, se não for um incômodo, vou continuar a te chamar assim, tá? De meu amor. E se não for pedir muito, você poderia dizer pra ela bagunçar o seu cabelo? É que eu estou morrendo de vontade de fazer isso, mas acho que tenho que me acostumar com a ideia de que nunca mais vou fazer. Porque agora até isso ela vai fazer no meu lugar. Bom, é isso. Beijos. Eu te am… Ah, esquece. Acho que a outra vai dizer isso por mim também.”

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