terça-feira, 30 de abril de 2013

“Entrei no meu quarto, fechei a porta e liberei aquilo que eu estava segurando à horas. Não, eu não gosto de chorar em público, ninguém precisa saber da minha dor. Meu coração estava em pedacinhos e doía como nunca. Era uma dor insuportável e parecia que nunca ia passar. Mais uma vez eu estava sozinha, mais uma vez eu tinha sido abandonada por alguém que me disse milhares de coisas bonitas e que me prometera o paraíso. Enfim, eu chorei. Chorei muito, desabei e desabafei sozinha e em silêncio. Por mais que eu não dissesse nada, eu tinha certeza que alguém me ouvia e me entendia perfeitamente. Porém, doía e doía demais. E isso, só o tempo poderia resolver. Talvez eu tenha me iludido demais com os filmes, livros e contos românticos, onde o início e o meio são complicados e o fim, sempre dá certo. Na realidade, é completamente o contrário. Cheguei a um ponto que comecei a questionar tudo, tudo o que tinha acontecido. Será que eu tinha sido a culpada? Será que eu não tinha amado o suficiente? Não tinha demonstrado o suficiente? Ou o culpado era ele mesmo? Milhares de perguntas rodiavam minha cabeça e eu já não sabia mais o que pensar. Até que de repente, ouvi uma voz que disse assim: Você não está sozinha e muito menos abandonada. Eu estou contigo, você vai superar tudo isso e eu vou passar por todo esse sofrimento contigo. E não chore mais, eu estou preparando alguém muito melhor pra você.”

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