sexta-feira, 15 de março de 2013

Alô! Amor?
Caramba, que sensação de paz poder ouvir a sua voz. Não imaginas o quanto tens feito falta do lado de cá. Sabe, está complicado cobrir o buraco que ficou no lugar onde você ocupava. Eu achei que seria fácil tá ligado? Na minha mente tudo seria mais rápido. Terminaríamos. Seguiríamos caminhos contrários. No início a tua ausência ia me incomodar um pouco é claro, mas como uma sandália de borracha num piso escorregadio, eu tentaria manter-me em equilíbrio. Só que nós seres humanos temos esse péssimo hábito de achar uma coisa e acreditar que vai acontecer exatamente da forma como imaginamos. E é óbvio que numa avenida de relacionamentos isso não tem chances de dar certo.
Você pisou no meu coração e deixou uma enorme pegada. E sinceramente braanquinho, a saudade está me torturando como um estilete, cortando devagar o meu peito em virtude das minhas lembranças. Sabia que eu sinto o teu cheiro todas as vezes que deito para dormir ou quando lembro dos nossos momentos juntos? O teu aroma me persegue no meu mais forte pensamento.
Então, sem dar meias voltas, eu estou morrendo de vontade de te ter de novo. E quando eu digo morrendo não é só uma expressão hipérbole, a tua ausência está me fazendo mal de verdade.
E estou te falando esse monte de coisas sem parar justamente para não dar espaço para que você possa cortar a minha coragem pela raiz e desviar o rumo desta ligação para um “boa noite” de obrigação. Sabes como sou orgulhoso e se estou abrindo o jogo dessa maneira, é porque eu simplesmente não consigo encher uma pá de areia e jogar em cima dos meus sentimentos.  Dos meus desejos. Da minha saudade. Não dá para fingir que eles não existem. Então me dá uma nova chance? Por favor?!  :/

Essa seria a hora em que ele me responderia que sente a minha falta tanto quanto eu sinto a dele. E que ainda não tinha tomado uma iniciativa de reconciliação por motivos de ser mais orgulhoso do que eu. Por isso resolveu partir para outra e investir num projeto de abandonar os sentimentos direcionados a mim e me esquecer com sucesso. Como um alt+delete sem direito a restaurar da lixeira. Essa seria a hora em que após ouvir que ele me ama também e que está louco pra me ver, eu pegaria o meu carro e sairia em velocidade máxima a ponto de causar um acidente na rua e ao chegar na porta da sua casa, iria beija-lo como se aquilo fosse uma bombinha pra voltar a respirar tranquila e acreditar que estou firmemente de pé. E que valeu a pena. Porém, isso tudo poderia acontecer se não fosse mais um dos meus diálogos imaginários antes de dormir. O meu lado esquerdo ainda está vazio, ele provavelmente não está pensando em mim agora e eu estou aqui com o seu número discado ensaiando todo esse discurso em vão, porque a coragem é pouca perto do orgulho que carrego na mochila. :/ '


Texto Por: Wesley Néry.

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